segunda-feira, 26 de março de 2012

        Sueli Aparecida Teixeira.
          
          É membro da Academia Varginhense de Letras, Artes e Ciências e ocupa a cadeira nº 12, cujo patrono é Leopoldo de Melo Pádua (1871-1949) e sua primeira ocupante, Mariângela Calil  Antunes Conde (1940-1997). Foi a primeira mulher a ocupar o cargo de Presidente da AVLAC, biênio 2005-2006. Junto com a nova diretoria, representou um marco e uma ruptura na história da academia, pois desde a sua fundação (1960) teve apenas homens como presidentes.
         Poetisa e escritora, suas poesias e crônicas ganharam vários prêmios nacionais e internacionais. Publicou vários livros. Seu livro Só Sonetos foi premiado no 10º Concurso Nacional de Obras Publicadas da Academia de Letras de São Lourenço, conquistando o 2º lugar. Em 05 de dezembro de 2002, ganhou uma Moção de Aplauso da Câmara Municipal de Varginha pela publicação do livro Uma História Proibida.
            
         Do livro Diga Lá, Coração (1995), a poesia ARES DO CAMPO:

Casinha escondida
no alto da serra.
Quantas lembranças
minh'alma encerra.

As noites extensas
de vasta escuridão.
A alvura do luar
ilumina esse chão.

As madrugadas mansas,
as folhagens orvalhadas,
as manhãs primorosas...
Ah! Tranquilas alvoradas.

Nas estradas de terra,
ao galope do cavalo,
 nas curvas do caminho,
cheiro de capim e orvalho.

Casinha escondida
pelos encantos da serra,
num instante de pensamento
eu regresso à essa terra.




... do livro Sonetos, a poesia O POETA:



Só um poeta é capaz de amar
sem limites - com tanta intensidade.
Flutuar levemnete com o vento
na doce fantasia de poesias.

Só um poeta faz brotar no ar
a essência das paixões e da saudade,
se queimando no terno abrasamento
aniquilando todos os seus dias.

Só um poeta implode seus desejos
na clareira de tímidos lampejos
manifestando a glória dos sentidos.

Só o poeta, senhor da vã paixão,
para entender o pobre coração
e todos os amores já vividos.

 

Sueli Teixeira.


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